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Salvador, Bahia – Um marco significativo para a economia local e para a comunidade de Salvador foi alcançado no último sábado, 7 de junho de 2025. O Mercado do Ogunjá, um equipamento comercial vital e tradicional da cidade, reabriu suas portas a partir das 6h da manhã, simbolizando não apenas a volta à normalidade, mas também a vitória da segurança e do planejamento sobre a incerteza. A reabertura foi possível após a conclusão de obras emergenciais de escoramento e a emissão de um rigoroso parecer técnico que atestou a plena segurança da estrutura.
A interdição temporária do mercado havia gerado preocupação e impacto na rotina de centenas de permissionários e milhares de consumidores. A medida, tomada devido a sérias preocupações com a estabilidade do prédio, exigiu uma ação imediata de reforço estrutural. Desde o momento da interdição, uma verdadeira força-tarefa municipal foi mobilizada. Diversos órgãos da prefeitura, incluindo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Casa Civil, a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem) e a Superintendência de Patrimônio da Secretaria da Administração (SAEB), uniram esforços em um trabalho coordenado. O objetivo primordial era garantir a segurança de todos os que frequentam e trabalham no local, minimizando os transtornos causados pelo fechamento.
Durante o período de inatividade forçada, o diálogo foi constante e prioritário. Foram realizadas inúmeras reuniões e atendimentos individualizados com os comerciantes, os verdadeiros corações do Mercado do Ogunjá. Nessas conversas, buscou-se compreender a fundo os impactos financeiros e sociais da interdição, ao mesmo tempo em que se procurava, em conjunto, soluções que pudessem mitigar os prejuízos e oferecer suporte aos afetados. Paralelamente a essa escuta ativa e empática, equipes técnicas trabalharam incansavelmente na execução do escoramento emergencial. Essa ação, vital e complexa, foi o que, de fato, possibilitou a reabertura do espaço com a garantia de segurança que o momento exigia.
O secretário da SDE, Angelo Almeida, fez questão de sublinhar a importância dessa sinergia e da transparência em todo o processo. “Desde o primeiro momento, nossa prioridade foi proteger a vida das pessoas. Atuamos com total transparência, ouvindo atentamente os permissionários e agindo com responsabilidade técnica. Graças a esse trabalho conjunto, o Mercado do Ogunjá está de volta às suas atividades”, afirmou, com um tom de alívio e dever cumprido. Suas palavras ressoam com a satisfação de um trabalho bem executado, que culminou na restituição de um espaço fundamental para a cidade.
A experiência da interdição e reabertura do Mercado do Ogunjá oferece um estudo de caso notável sobre como a gestão pública, quando pautada no diálogo e na cooperação, pode enfrentar e superar crises complexas. A decisão de interditar o mercado, embora impopular em um primeiro momento, foi um ato de responsabilidade inquestionável, priorizando a segurança humana acima de qualquer outra consideração.
Uma vez tomada a decisão de segurança, o desafio era gerenciar a crise sem desassistir os impactados. A abordagem de atendimentos individualizados com os comerciantes foi um diferencial. Cada permissionário tem uma realidade e necessidades específicas; ouvir essas vozes diretamente, entender suas dificuldades e oferecer um canal de comunicação aberto, foi crucial para construir confiança e garantir que as soluções propostas fossem, de fato, eficazes. Esse modelo de gestão empática e participativa é um exemplo a ser replicado em outras situações que envolvam comunidades diretamente afetadas por decisões governamentais.
A união de diferentes secretarias e órgãos municipais – SDE, Casa Civil, Flem, SAEB – demonstra a capacidade de mobilização da administração municipal em momentos críticos. A interdição de um mercado como o Ogunjá, que serve a uma vasta população e sustenta inúmeras famílias, exige uma resposta multifacetada que combine expertise técnica, capacidade de articulação política e sensibilidade social. O sucesso da reabertura é um testamento da eficácia dessa abordagem integrada.
Para os comerciantes do Mercado do Ogunjá, a interdição representou um golpe significativo. Muitos dependem exclusivamente daquele ponto para sua subsistência e a de suas famílias. O fechamento repentino significou a perda imediata de renda, a incerteza sobre o futuro e a necessidade de se reinventar em um curto espaço de tempo. O temor de não poder retornar ao seu local de trabalho era real e palpável.
Para a comunidade local, o Mercado do Ogunjá é mais do que um centro comercial. É um ponto de encontro, um espaço de convivência, um fornecedor de produtos frescos e essenciais a preços acessíveis. Sua ausência criou um vácuo no cotidiano do bairro, forçando moradores a buscar alternativas mais distantes ou mais caras.
A notícia da reabertura, portanto, foi recebida com grande alívio e celebração por todas as partes. É a retomada de uma rotina, a recuperação de empregos e a volta de um ponto de referência para o abastecimento da população. O retorno das atividades é um sinal de resiliência tanto dos comerciantes quanto da comunidade que os apoia e valoriza o mercado.
A reabertura do Mercado do Ogunjá não marca o fim das ações da prefeitura, mas sim o início de uma nova fase. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que já está em andamento o planejamento de ações para a requalificação completa do mercado. Esse é um passo ambicioso que visa ir além das obras emergenciais, focando em melhorias estruturais de longo prazo e na modernização do espaço.
Os projetos previstos para os próximos meses têm como objetivo transformar o Mercado do Ogunjá em um ambiente ainda mais funcional, atraente e seguro para comerciantes e consumidores. A requalificação pode envolver diversas frentes:
Essa visão de longo prazo demonstra um compromisso com o desenvolvimento contínuo do comércio tradicional de Salvador. Mercados como o Ogunjá são mais do que pontos de venda; são expressões da cultura local, da identidade da cidade e de um modelo de comércio que resiste ao tempo. Investir em sua requalificação é investir na preservação dessa riqueza cultural e econômica.
Com a reabertura, o Mercado do Ogunjá retoma seus horários habituais de funcionamento, permitindo que a população se reorganize e volte a frequentar o local com tranquilidade. Ele funciona de segunda a sábado, das 6h às 18h, e aos domingos e feriados, das 6h às 14h. Essa regularidade é crucial para os permissionários, que agora podem planejar suas vendas e reabastecer seus estoques com a certeza de que terão seus pontos de venda abertos.
A experiência da interdição do Mercado do Ogunjá, embora desafiadora, termina com uma nota positiva. Ela serviu para reforçar a importância da vigilância constante sobre a infraestrutura pública, a força da cooperação entre diferentes esferas de governo e, principalmente, o poder do diálogo e da empatia com as comunidades afetadas. O Mercado do Ogunjá não apenas reabriu; ele ressurgiu, revitalizado em sua segurança e com um futuro promissor de modernização à frente, pronto para continuar sendo um pilar da economia e da vida social de Salvador. A cidade celebra o renascimento de um de seus mais queridos e essenciais espaços.