A caravana, tem o foco na preparação de profissionais e disseminação de boas práticas fitossanitárias junto aos produtores
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) promoverá, entre os dias 8 e 11 de julho, uma ação macro de educação sanitária para a prevenção e controle da Monilíase do Cacaueiro e Cupuaçuzeiro. A atividade é voltada para lideranças e multiplicadores dos municípios de Ipiaú, Ibirataia, Jitaúna, Dário Meira e Ubatã e acontecerá no Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas (CETEP) em Ipiaú, com atividades simultâneas na região.

“A ideia é ampliar a rede de vigilância ativa e conscientização sobre a praga, que representa uma ameaça às cadeias produtivas do cacau e do cupuaçu”, declara a especialista e engenheira agrônoma da Adab, Catarina Cotrim. A ação é uma iniciativa do programa estadual de Prevenção e Vigilância à Monilíase, com apoio de instituições parceiras, e contará com as presenças de vereadores, servidores das secretarias municipais de Agricultura, produtores rurais, além das autoridades locais.
Na oportunidade, serão realizadas ações simultâneas, nos cinco municípios, em 10 associações de produtores, fábricas de chocolate, escolas, comerciantes. “Precisamos sensibilizá-los sobre a importância da prevenção da monilíase, praga que pode impactar econômico, social e ambientalmente, de forma direta, mais de 81 municípios baianos cuja principal atividade econômica é a cacauicultura”, conclui Catarina.
Importância
A Bahia é o maior produtor de cacau do Brasil, com aproximadamente 139 mil toneladas de amêndoas (IBGE/2023), e desempenha papel estratégico na cadeia produtiva nacional. A retomada da liderança é um marco importante para a economia baiana, especialmente para os territórios produtores como Litoral Sul, Baixo Sul e Médio Rio das Contas.
Com esse protagonismo, o Estado investe continuamente em ações preventivas e educativas que fortalecem a vigilância fitossanitária e contribuem para a manutenção da qualidade e produtividade das lavouras de cacau e cupuaçu.
A Bahia é, inquestionavelmente, o maior produtor de cacau do Brasil, um título reafirmado com aproximadamente 139 mil toneladas de amêndoas em 2023. Essa liderança, retomada e consolidada, não é apenas um dado estatístico; ela representa um marco de extrema importância para a economia baiana e para o agronegócio nacional. A cacauicultura, além de ser uma atividade econômica vital, sustenta centenas de comunidades, gera empregos e preserva tradições centenárias nos territórios produtores como o Litoral Sul, Baixo Sul e o Médio Rio das Contas.
Com esse protagonismo em nível nacional, o Estado da Bahia assume uma responsabilidade ainda maior. O investimento contínuo em ações preventivas e educativas não é uma opção, mas uma necessidade estratégica. Essas iniciativas fortalecem a vigilância fitossanitária, garantindo que as lavouras de cacau e cupuaçu mantenham sua qualidade, produtividade e sanidade. A proteção contra pragas como a Monilíase é um trabalho árduo e contínuo, que exige pesquisa, tecnologia, treinamento e, acima de tudo, a colaboração de todos os envolvidos na cadeia produtiva.
A saúde das plantas é diretamente proporcional à saúde da economia regional e à segurança alimentar do país. A Monilíase, se não controlada, pode causar perdas de até 100% da produção, o que representaria um desastre econômico e social para os municípios dependentes do cacau. Por isso, a Adab e seus parceiros não medem esforços para munir os produtores com o conhecimento e as ferramentas necessárias para identificar, combater e prevenir a disseminação do fungo.
A Visão de Futuro: Inovação e Sustentabilidade na Cacauicultura Baiana
A atuação da Adab contra a Monilíase reflete uma visão mais ampla para a cacauicultura baiana: a de ser não apenas líder em volume, mas também em sustentabilidade e inovação. As ações de educação sanitária não se limitam a ensinar sobre o fungo; elas promovem a conscientização sobre a importância de práticas agrícolas responsáveis, que minimizem o uso de defensivos químicos, valorizem a biodiversidade e garantam a longevidade dos sistemas de produção.
A capacitação de “multiplicadores” é um investimento no futuro. Ao treinar lideranças locais, a Adab garante que o conhecimento se espalhe de forma orgânica e contínua dentro das comunidades produtoras. Esses multiplicadores se tornam agentes de transformação, capazes de identificar os primeiros sinais da doença, aplicar as medidas de controle adequadas e orientar seus vizinhos e colegas. Isso cria uma rede de vigilância descentralizada e muito mais eficaz, que funciona como um escudo protetor para as lavouras.
Além disso, a parceria com escolas e associações de produtores mostra um compromisso com a formação de novas gerações e o fortalecimento do associativismo. É a união de esforços que permite enfrentar desafios fitossanitários de tamanha magnitude. Ao empoderar os produtores com conhecimento e ao promover um senso de responsabilidade coletiva, a Bahia não apenas defende seu presente produtivo, mas constrói um futuro mais seguro e próspero para o cacau e o cupuaçu, mantendo o sabor e a história desses frutos vivos nas lavouras e nas mesas de todo o mundo.
Ascom / Ana Paula Loiola
Fotos: Mapa
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Ascom – Adab
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia