Nordeste pode ser fundamental no progresso do país, aponta Banco Mundial
Com uma população majoritariamente jovem e em idade ativa, o Nordeste brasileiro possui um potencial extraordinário para impulsionar o desenvolvimento do país. Essa é a principal conclusão do relatório “Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”, divulgado recentemente pelo Banco Mundial.
A região pode se tornar uma força motriz na geração de empregos de qualidade e na redução das desigualdades, especialmente se focar em setores em expansão como manufatura e serviços. Além disso, o documento ressalta a importância de parcerias público-privadas para o avanço da infraestrutura local.
Apesar dos avanços notáveis na qualificação profissional, com um aumento significativo na escolaridade, o Nordeste ainda enfrenta obstáculos para converter esse capital humano em melhores oportunidades de trabalho e renda. Conforme informação divulgada pelo Banco Mundial, a taxa de desemprego e a informalidade na região permanecem superiores à média nacional, demandando ações estratégicas para sua superação.
A força da juventude e o desafio da qualificação
O relatório destaca que o Nordeste tem visto um crescimento expressivo em seu capital humano nos últimos anos, com um aumento notável na escolaridade, principalmente entre os jovens. A proporção de trabalhadores com diploma universitário saltou de 9,1% em 2012 para 17% em 2023, um indicativo claro de maior qualificação.
Contudo, a conversão desse avanço em empregos mais robustos e salários melhores ainda é um desafio. A criação de empregos, vista como o caminho mais eficaz para a erradicação da pobreza, ainda esbarra em dificuldades como as **altas taxas de desemprego e a informalidade**, que em 2022 atingiram 12% e 52%, respectivamente, percentuais acima da média brasileira.
Energias renováveis: um trunfo para o Nordeste
Um ponto forte para o Nordeste é seu papel central na transição energética do Brasil. A região é responsável pela produção de **91% da energia eólica e 42% da energia solar** do país. Essa capacidade produtiva abre portas para um crescimento industrial mais rápido e sustentável, além de posicionar o Nordeste na vanguarda de setores emergentes, como o do hidrogênio verde.
O Banco Mundial enfatiza que, ao alavancar seu capital humano e seus vastos recursos naturais, o Nordeste pode se tornar um **motor dinâmico de desenvolvimento para todo o Brasil**, superando seu histórico de defasagem e promovendo um futuro mais próspero e igualitário para seus habitantes.
Estratégias para destravar o potencial nordestino
Para transformar esse potencial em realidade, o relatório sugere o aprimoramento dos sistemas de intermediação de mão de obra, conectando de forma mais eficiente pessoas a vagas de trabalho. O foco em **indústrias em crescimento**, como manufatura e serviços, é apontado como crucial para a oferta de empregos de maior qualidade e remuneração.
O documento também propõe políticas voltadas para a **inclusão de mulheres e grupos marginalizados** no mercado de trabalho, onde a taxa de participação feminina no Nordeste (41%) ainda é inferior à média nacional (52%). Estimular o empreendedorismo e atrair investimentos por meio da simplificação de processos e fomento à concorrência são outras recomendações essenciais.
Infraestrutura e parcerias para o futuro
A **modernização da infraestrutura** é outro pilar fundamental, com a necessidade de investimentos em rodovias, ferrovias, redes digitais, além de melhorias significativas em água e saneamento. Para viabilizar esses projetos de grande porte, o Banco Mundial incentiva a participação ativa do setor privado, através de parcerias bem estruturadas e com fiscalização rigorosa, garantindo que os investimentos tragam o impacto positivo esperado para a região e para o país como um todo.











