Geraldo Alckmin anuncia otimismo com acordo Mercosul-UE e projeta recorde de exportações brasileiras em 2025.
O Brasil aguarda com expectativa a assinatura do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, com o vice-presidente Geraldo Alckmin expressando o desejo de que o processo seja concluído “o mais rápido possível”. Apesar de algumas resistências políticas em países europeus, o governo brasileiro mantém uma visão otimista sobre a conclusão deste importante tratado.
Alckmin destacou a relevância do acordo para o fortalecimento do multilateralismo e para o avanço do comércio internacional. As negociações, que enfrentam desafios como as objeções de nações como França e Itália, são vistas como cruciais para o futuro econômico do Mercosul e do Brasil.
Em balanço de atividades ministeriais, o vice-presidente também compartilhou planos para expandir parcerias comerciais com outros blocos e países estratégicos, incluindo avanços esperados com México e Índia ainda em 2026, conforme informação divulgada pelo ministério.
Avanços nas negociações comerciais estratégicas
O Brasil está intensificando esforços para ampliar acordos comerciais com parceiros chave. O vice-presidente Geraldo Alckmin demonstrou otimismo quanto a um progresso nas negociações com o México até julho de 2026, visando a expansão das linhas tarifárias preferenciais. A meta é facilitar o comércio bilateral e fortalecer os laços econômicos.
A mesma estratégia de otimismo se estende às negociações com a Índia, onde o governo brasileiro busca aprofundar as relações comerciais e explorar novas oportunidades de mercado. Para o Canadá e os Emirados Árabes Unidos, o objetivo é avançar em direção a acordos de livre comércio mais abrangentes.
Em relação ao recente aumento de tarifas imposto pelo México, Alckmin tranquilizou o mercado ao afirmar que acordos já vigentes, como o automotivo, não serão afetados. Essa medida ajudou a reduzir o impacto estimado das novas tarifas mexicanas para cerca de US$ 600 milhões, um valor significativamente menor que a projeção inicial de mais de US$ 1 bilhão.
Brasil projeta recorde de exportações apesar de tarifas globais
Mesmo diante de um cenário global marcado pelo aumento de medidas protecionistas, incluindo o recente tarifaço imposto pelos Estados Unidos, Geraldo Alckmin prevê que o Brasil encerrará o ano de 2025 com um recorde histórico nas exportações. A maior parte das vendas brasileiras para o mercado americano ocorre com tarifas baixas ou isentas, o que minimiza o impacto dessas novas barreiras.
“Vejam como é importante abrir mercados”, ressaltou Alckmin, enfatizando o papel crucial da diversificação de destinos para as exportações brasileiras. O desempenho positivo reforça a força do agronegócio e de outros setores exportadores do país.
Agenda de desburocratização e fomento à indústria
A agenda apresentada pelo ministro Geraldo Alckmin para o próximo ano inclui um forte foco na desburocratização e no estímulo ao investimento estrangeiro, além do fortalecimento da indústria nacional. Um dos destaques é a criação da Janela Única de Investimento, prevista para o início de 2026, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Esta ferramenta inédita visa centralizar processos e reduzir custos para investidores.
Outra iniciativa importante já em funcionamento é a plataforma Camex 360, que consolida informações sobre tarifas, processos antidumping e outras decisões relevantes para o comércio exterior. O objetivo é tornar o ambiente de negócios mais transparente e acessível.
Renovação da frota de caminhões e incentivo a carros sustentáveis
Um novo programa de crédito foi regulamentado para a renovação da frota de caminhões, com foco em segurança viária, saúde pública e dinamização da indústria. O programa, que conta com R$ 10 bilhões em recursos (R$ 6 bilhões de medida provisória e R$ 4 bilhões do BNDES), oferecerá financiamento com juros diferenciados para autônomos e frotistas, condicionado ao descarte de veículos antigos.
No setor de veículos de passeio, Alckmin celebrou o crescimento nas vendas de “carros sustentáveis” de entrada, impulsionado por incentivos tributários fiscalmente neutros. “O que estamos mostrando é que é possível avançar com livre mercado, multilateralismo e sustentabilidade”, concluiu o ministro.











